Paraná enfrenta falta de medicamentos: mais de 500 remédios estão em falta e não há prazo para fim da crise


Data de Publicação: 19/05/2022

Paraná enfrenta falta de medicamentos: mais de 500 remédios estão em falta e não há prazo para fim da crise

O sistema de saúde da região, do Paraná e do Brasil está enfrentando um grave problema: a falta de medicamentos. As farmácias do Paraná registram a falta de medicamentos, em várias cidades de todas as regiões.

 

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sindifarma), Edenir Zandoná Jr, estão em falta no Paraná 500 remédios. Entre eles estão os antibióticos mais receitados pelos pediatras, como Amoxilina, Clavulin BD suspensão 400 gramas, Cefalexina, medicamentos para inalação, como Clenil A e Pulmicort 0.25 e 0.5, e até mesmo antitérmicos, como Dipirona, além de colírios, antiinflamatórios e analgésicos.

 

“Essa falta de medicamentos já acontece desde fevereiro, mas com o aumento dos casos de síndromes respiratórias em crianças e da demanda de remédios, a crise se agravou”, afirmou Zandoná. E, de acordo com ele, não há prazo para a normalização do abastecimento.

 

Conforme informações do setor, a indústria farmacêutica brasileira tem encontrado dificuldade de importar insumos da China e da Índia, os maiores produtores do setor. O lockdown na China devido aos novos casos de Covid e a guerra entre a Rússia e Ucrânia têm dificultado a produção e a logística de distribuição dos insumos, porque vários portos estão fechados.

 

“E mesmo que estes insumos cheguem, a demora para liberação da carga nos portos brasileiros é de 40 dias. Também há o tempo das indústrias para testar a qualidade destes insumos. Então, a crise deve se prolongar”, afirmou o presidente do Sindifarma.


Médicos precisam de ‘criatividade’ para burlar problema

 

A falta de medicamentos tem influenciado, inclusive, na alta demanda nos pronto-atendimentos e consultórios, já que, muitas vezes, os pacientes precisam retornar ao atendimento porque não encontraram a medicação prescrita. Os médicos, aliás, precisam usar a criatividade para conseguir receitar remédios diante da escassez.

 

“Temos que usar medicamentos que antes não usávamos, repensarmos todo o protocolo, principalmente quando é necessário prescrever antibiótico”, afirmou o vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe e presidente da Sociedade Paranaense de Pediatria, médico infectopediátrico Victor Horácio de Souza Costa Jr.

 

Já que a normalização da produção dos remédios depende o fim do conflito na Ucrânia e do fim do lockdown na China, não há previsão certa sobre o fim desta crise. “Não temos com prever o limite, até quando teremos remédios. Nesta época do ano, com a alta das doenças respiratórias e a Covid ainda em circulação, a situação fica bem complicada”.

 

Itaipulândia

Conforme informou a Secretaria de Saúde de Itaipulândia, o município, a exemplo de outras cidades da região, também foi afetado pela falta de alguns medicamentos, mas na última semana foi finalizado processo licitatório e a Administração Municipal efetuou os pedidos para a aquisição de remédios para atender as demandas básicas.

 

Com informações de Bem Paraná.

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